O ex-comandante da Aeronáutica afirmou em depoimento ao STF que informou ao então presidente da República a ausência de evidências que comprovassem falhas nas urnas eletrônicas. Ele destacou que, após um assessor presidencial abordar um militar da Comissão de Fiscalização do TSE para discutir supostas fraudes, pediu ao então ministro da Defesa que orientasse o presidente a evitar esse tipo de contato, por considerar uma quebra na cadeia de comando. O ex-comandante reforçou que as Forças Armadas já haviam rejeitado teses de irregularidades eleitorais.
Em novembro de 2022, o militar alertou sobre problemas em um relatório do Instituto Voto Legal, usado como base para questionar os resultados das eleições. Ele explicou ao então presidente que o documento continha erros técnicos e não sustentava a alegação de fraude. Durante uma reunião, o ex-comandante reforçou que as urnas eletrônicas não apresentavam falhas que comprometessem a integridade do processo eleitoral.
O depoimento faz parte de uma ação penal movida pela PGR, que investiga alegações de tentativa de golpe. O ex-comandante é uma das testemunhas no caso, que também envolve outros militares e autoridades da época. Suas declarações corroboram informações anteriores prestadas à Polícia Federal durante as investigações.