Organizações da sociedade civil se reúnem nesta quarta (28) e quinta-feira (29) em Salvador para o evento “Conexões para o Bem Viver: Reparação, justiça racial e tecnologias digitais”. A iniciativa, promovida pelo Projeto Nanet em parceria com entidades como Abong, Odara e Marcha das Mulheres Negras, busca ampliar vozes historicamente marginalizadas nos debates sobre tecnologia. A programação gratuita inclui painéis sobre temas como equidade racial, desinformação entre jovens e a relação entre justiça ambiental e algorítmica.
O encontro defende que a governança da internet no Brasil deve refletir a diversidade da população, abordando pautas urgentes como raça, gênero e território. “Queremos afirmar que a justiça racial é um princípio essencial para uma internet democrática”, destacou Juliane Cintra, coordenadora do Projeto Nanet. Entre os participantes confirmados estão especialistas em racismo ambiental, educação digital e ativismo tecnológico.
O evento ocorre no Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA, das 14h às 19h, e reforça a necessidade de inclusão e reparação no cenário digital. A discussão surge em um momento em que tecnologias como reconhecimento facial e algoritmos são cada vez mais debatidos por seus impactos sociais, especialmente em comunidades negras e periféricas.