As bolsas europeias encerraram predominantemente em queda nesta quinta-feira, 22, pressionadas por dados econômicos desfavoráveis na região e pelo impacto da aprovação da reforma tributária nos Estados Unidos. Os principais índices, como FTSE 100 (Londres), DAX (Frankfurt) e CAC 40 (Paris), registraram perdas entre 0,25% e 0,73%, enquanto Lisboa foi a exceção, com o PSI 20 subindo 0,25%. Os PMIs da zona do euro, Alemanha e Reino Unido ficaram abaixo de 50, indicando contração econômica, o que contribuiu para o cenário de cautela entre os investidores.
O clima de incerteza foi agravado pelas preocupações fiscais nos EUA, onde o pacote de reformas tributárias reacendeu temores sobre o aumento da dívida pública. Analistas destacaram que a hesitação dos investidores em financiar o governo americano pode ter reflexos globais, afetando também os mercados europeus. Além disso, o Parlamento Europeu aprovou um aumento de 50% nas tarifas sobre produtos agrícolas russos, em resposta ao impasse na guerra com a Ucrânia, adicionando tensões geopolíticas ao cenário.
Por fim, a ata do Banco Central Europeu (BCE) revelou divergências internas sobre os cortes de juros, com alguns membros defendendo uma pausa em abril. No entanto, a decisão final foi pela antecipação do corte, refletindo a complexidade do momento econômico. O conjunto de fatores—contração econômica, incertezas fiscais e tensões geopolíticas—manteve os investidores em alerta, resultando em um dia negativo para as bolsas europeias.