O secretário de Defesa dos Estados Unidos afirmou durante o Diálogo de Shangri-La, em Cingapura, que a China pode estar próxima de uma invasão a Taiwan e que os EUA não permitirão que aliados e parceiros na região sejam intimidados. Em seu primeiro discurso no fórum de segurança, ele destacou que Pequim busca consolidar um “poder hegemônico” na Ásia, mas ressaltou que os norte-americanos não recuarão da região. Exercícios militares chineses próximos a Taiwan e investimentos no aparato bélico foram citados como sinais de preparação para uma possível mudança no equilíbrio de poder no Indo-Pacífico.
O representante dos EUA alertou que a China está se preparando para usar a força militar até 2027, visando alterar a dinâmica regional. A tensão entre Pequim e Taiwan remonta à década de 1940, com a China reivindicando a ilha como parte de seu território, enquanto Taiwan opera de forma autônoma. As declarações reforçam a posição já adotada pelo ex-presidente Joe Biden, que em 2024 destinou US$ 571 milhões em assistência a Taiwan e, em 2022, afirmou disposição para defendê-la militarmente em caso de invasão.
O evento em Cingapura contou com a participação de autoridades internacionais, mas o ministro da Defesa chinês não compareceu. As falas do secretário norte-americano refletem a crescente preocupação com a escalada de tensões na região, enquanto os EUA buscam fortalecer alianças para conter avanços chineses. O cenário permanece sob observação, com possíveis implicações para a segurança global.