Um estudo realizado pela Associação Comercial de São Paulo em parceria com a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (Cacb) aponta que 60% dos gastos públicos do Governo Federal são direcionados à Previdência Social e a despesas com pessoal, incluindo salários e encargos sociais. A pesquisa, que analisou cerca de 60 itens de custo agrupados em 28 categorias, identificou que essas duas áreas, junto com outras nove classificações, absorvem 96% do orçamento nacional. Os dados foram coletados a partir de informações públicas da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e organizados na plataforma Gasto Brasil, atualizada em tempo real por meio de APIs.
Entre as despesas previdenciárias, estão incluídos benefícios como aposentadorias, pensões do INSS e pagamentos de precatórios. Recentemente, o INSS foi alvo de uma operação que revelou irregularidades em descontos aplicados a aposentados, com prejuízos bilionários. Além disso, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 trouxe atenção aos precatórios, que agora devem estar dentro da meta fiscal, limitando gastos discricionários.
As demais categorias de alto custo incluem programas sociais como Bolsa Família, Seguro-Desemprego e Abono Salarial, além do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para idosos e pessoas com deficiência. Também destacam-se despesas discricionárias, como investimentos em infraestrutura e subsídios agrícolas, além de gastos obrigatórios em saúde e educação. Por fim, o estudo menciona os custos de manutenção dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, completando o panorama dos principais dispêndios do orçamento federal.