Aos 11 anos, a autora tomou sua primeira grande decisão de saúde ao começar a treinar, percebendo instintivamente que o exercício melhorava seu bem-estar físico e mental. Ao longo dos anos, adotou hábitos como cortar refrigerante e açúcar, construindo uma rotina que só mais tarde compreendeu como fundamental para uma vida equilibrada. A ciência agora corrobora sua experiência: um estudo da Uppsala University, com mais de 1 milhão de pessoas, mostrou que jovens com alta aptidão cardiorrespiratória têm menor risco de morte prematura, não apenas por doenças crônicas, mas também por causas externas, como acidentes e violência.
Os resultados, publicados no *European Journal of Preventive Cardiology* (2025), destacam que uma rotina bem resolvida reduz em 53% o risco de morte por causas externas, 34% por doenças cardiovasculares e 27% a mortalidade geral. Esses dados reforçam que o estilo de vida vai além da estética ou desempenho, influenciando diretamente a expectativa e a qualidade de vida. Por outro lado, uma rotina mal resolvida—desorganizada e reativa—pode levar ao esgotamento e à desconexão consigo mesmo, sabotando a evolução pessoal.
O texto também alerta para os ambientes obesogênicos, que favorecem sedentarismo, má alimentação e privação de sono, fatores que aumentam o risco de doenças e morte precoce. No Brasil, dados do Vigitel 2023 mostram que 57% dos adultos têm sobrepeso e apenas 30% praticam atividade física suficiente. A mensagem central é clara: saúde não se resume a treinos ou dietas, mas a um ritmo de vida consciente e organizado—algo que depende apenas da própria pessoa.