Um estudo realizado pela organização Sea Shepherd Brasil em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP identificou as cinco praias mais poluídas por microplásticos no país. Essas partículas, originadas da degradação de plásticos maiores, representam um dos maiores desafios ambientais para os oceanos, afetando tanto a vida marinha quanto a saúde humana. A pesquisa mediu a concentração de microplásticos por metro quadrado, destacando locais como a Praia do Pântano do Sul (Florianópolis, SC), que lidera o ranking com 144 partículas/m², seguida pela Praia do Centro (Mongaguá, SP) e pela Praia do Rizzo (Florianópolis, SC).
Apesar da alta concentração de microplásticos, algumas dessas praias, como a do Pântano do Sul, continuam classificadas como próprias para banho pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), já que os parâmetros de qualidade da água não incluem a presença dessas partículas. No entanto, especialistas alertam para os riscos associados à ingestão desses materiais por animais marinhos, que podem entrar na cadeia alimentar humana. Praias urbanas, como Botafogo (Rio de Janeiro, RJ) e Mariluz (Imbé, RS), também aparecem no ranking, mostrando que o problema atinge tanto áreas turísticas quanto regiões com grande movimentação local.
O texto reforça a importância de ações individuais e coletivas para reduzir a poluição por plásticos, como evitar descartáveis, descartar resíduos corretamente e optar por embalagens recicláveis. A conscientização é essencial para mitigar um problema que afeta não apenas o meio ambiente, mas também a saúde pública, destacando a necessidade de políticas mais eficazes de gestão de resíduos.