Estudantes de diversos cursos da PUC-SP ocupam o campus Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo, desde a última quarta-feira (21). O protesto surge em resposta a casos de racismo na instituição, além da precarização das condições de permanência estudantil, incluindo relatos de infraestrutura inadequada. Os manifestantes, liderados por coletivos e centros acadêmicos, exigem medidas como formação antirracista obrigatória, canal de denúncias, cotas para pessoas trans, ampliação de bolsas e refeições gratuitas.
A Justiça de São Paulo concedeu liminar favorável à reintegração de posse do campus, autorizando até o uso de força policial se necessário. A Fundação São Paulo, mantenedora da PUC, afirmou que busca resolver a situação por meio do diálogo, mas não descarta cumprir a ordem judicial. Em nota, a instituição destacou a importância de garantir o funcionamento normal da universidade e apurar eventuais danos ao patrimônio.
Os estudantes, por sua vez, reafirmaram a legitimidade do protesto e a intenção de manter a ocupação, defendendo maior acesso e permanência na universidade. O movimento destaca preocupações estruturais, como violências relacionadas a raça, gênero e classe, e pressiona por mudanças institucionais. A situação permanece em aberto, com tensão entre as partes envolvidas.