Estudantes de diversos cursos da PUC-SP ocupam o campus Perdizes, em São Paulo, desde a última quarta-feira (21). A mobilização, liderada por coletivos e entidades estudantis, denuncia casos de racismo acadêmico, precariedade nas condições de permanência e negligência estrutural da universidade. Um incidente com um rato no restaurante do campus nesta sexta-feira (23) reforçou as críticas às condições de infraestrutura.
Na sexta-feira, a Justiça de São Paulo concedeu uma liminar determinando a desmobilização da ocupação, autorizando até o uso de força policial. Os estudantes, no entanto, afirmam que resistirão e continuarão a divulgar suas reivindicações nas redes sociais. A multa diária para quem descumprir a ordem foi fixada em R$ 100 mil.
Entre as principais demandas dos manifestantes estão a implementação de formação antirracista obrigatória, criação de um canal de denúncias de racismo, cotas para pessoas trans, ampliação de refeições gratuitas para bolsistas e redução de mensalidades. A Fundação São Paulo, mantenedora da PUC, não se manifestou sobre o caso até o momento.