A Estrela, uma das marcas mais icônicas do mercado de brinquedos no Brasil, atravessou décadas de altos e baixos, mantendo-se relevante mesmo diante de desafios significativos. Fundada em 1937, a empresa conquistou gerações com clássicos como Banco Imobiliário e Genius, mas enfrentou concorrência estrangeira, disputas judiciais e a necessidade de se adaptar às mudanças de consumo. Apesar disso, soube reinventar-se, relançando produtos nostálgicos e diversificando seus negócios para além do setor de brinquedos.
Um dos momentos críticos foi o rompimento com a Mattel nos anos 1990, que encerrou a produção da Barbie no Brasil e levou a Estrela a relançar a boneca Susi. Além disso, a empresa travou batalhas judiciais com a Hasbro sobre royalties de brinquedos como o Banco Imobiliário. Apesar das adversidades, a gestão estratégica permitiu que a marca se modernizasse, investisse em licenciamentos de programas de TV e explorasse o potencial do e-commerce, focando em produtos que atraem tanto crianças quanto adultos nostálgicos.
Sob nova liderança, a Estrela expandiu seu portfólio com iniciativas como a Estrela Beauty e a editora Estrela Cultural, além de apostar em influenciadores digitais e tecnologias para engajar o público jovem. Em 2024, mesmo registrando prejuízos, a empresa manteve vendas robustas, demonstrando resiliência e capacidade de inovação. Sua trajetória reflete não apenas a história dos brinquedos no Brasil, mas também a adaptação a um mercado em constante transformação.