No Espírito Santo, produtores de abacate estão superando a sazonalidade ao investir em diferentes variedades da fruta e aproveitar as variações de altitude. Municípios como Venda Nova do Imigrante, líder na produção estadual, cultivam tipos como Geada e Margarida, que amadurecem em épocas distintas, garantindo colheita durante todo o ano. O clima tropical e a localização montanhosa favorecem o cultivo, resultando em um crescimento de 36,55% na produção em 2023, colocando o estado como o quarto maior produtor do Brasil.
Agricultores como Alberto Faqueto testaram diversas variedades antes de selecionar as seis mais adaptadas, incluindo frutos nativos. A colheita manual é predominante, com monitoramento semanal para evitar pragas e doenças. O consórcio com outras culturas, como café e banana, também ajuda no controle biológico, atraindo predadores naturais e melhorando a saúde do solo. Doenças como a ferrugem do abacateiro e a broca são desafios, mas o manejo adequado minimiza os riscos.
O clima quente e úmido da região serrana é ideal para o abacateiro, embora o excesso de chuvas possa ser prejudicial. Em 2023, as altas temperaturas anteciparam a maturação dos frutos, reduzindo a oferta no final do ano e elevando os preços. A combinação de estratégias de cultivo, diversidade de variedades e aproveitamento da geografia local consolida o Espírito Santo como um polo importante na produção de abacate no país.