O presidente dos Estados Unidos anunciou que as tarifas aplicadas aos parceiros comerciais do país serão estabelecidas nas próximas duas a três semanas. A justificativa apresentada é a incapacidade da administração atual de negociar acordos simultaneamente com todos os interessados. Durante uma reunião com empresários nos Emirados Árabes Unidos, ele destacou que cerca de 150 países buscam fechar acordos, mas não especificou quantos receberão as notificações tarifárias. As cartas, enviadas pelo Tesouro e pelo Departamento de Comércio, informarão os valores a serem pagos para fazer negócios nos EUA, com possibilidade de recurso por parte dos países afetados.
A medida surge após a suspensão temporária de aumentos tarifários anunciados em abril, que geraram reações negativas nos mercados. Apesar das negociações em curso com economias como Japão, Coreia do Sul, Índia e União Europeia, a limitação de estrutura do governo impede tratativas simultâneas com todos os envolvidos. Recentemente, acordos preliminares foram fechados com o Reino Unido e a China, enquanto o governo indiano nega ter proposto a eliminação de tarifas para produtos americanos, como afirmado pelo presidente.
As tarifas, cobradas pela alfândega norte-americana, tendem a impactar os consumidores locais, que arcam com os custos adicionais. O presidente reiterou que muitos acordos estão em andamento e que os níveis tarifários serão definidos para países que desejam evitar taxas mais altas. A Casa Branca e o Departamento de Comércio não comentaram as declarações, deixando em aberto como se dará o processo de recurso para os notificados.