Os Estados Unidos abrigam 33% dos bilionários do mundo e 34% da riqueza privada líquida global, com destaque para cidades como Nova York, que lidera em número de milionários, e a região da Baía de São Francisco, que possui a maior concentração de bilionários. Apesar do crescimento acelerado da população milionária (78% em uma década), muitos americanos endinheirados estão buscando residências e cidadanias alternativas no exterior. Segundo a consultoria Henley & Partners, as solicitações de migração por investimento feitas por cidadãos dos EUA já representam mais de 30% do total global, quase o dobro das cinco nacionalidades seguintes combinadas.
A tendência reflete uma mudança na estratégia de gestão de risco, com a dupla cidadania sendo vista como o “novo sonho americano”. Enquanto polos emergentes como Tampa, Denver e Salt Lake City atraem milionários com vantagens fiscais e setores tecnológicos, o interesse por destinos fora do país cresce. Ao mesmo tempo, o programa EB-5, que concede residência nos EUA a investidores estrangeiros, registrou aumento de 57% nas consultas em 2025, indicando que o país continua sendo um destino atraente para a criação de riqueza.
Embora os EUA mantenham sua posição como principal hub de riqueza global, a mobilidade da elite econômica sugere uma busca por diversificação geográfica e segurança jurídica. O fenômeno ocorre mesmo com o forte desempenho de cidades como Scottsdale, Miami e Austin, que tiveram crescimento acima de 90% em sua população milionária. O equilíbrio entre a atração de investidores estrangeiros e a saída de americanos ricos ilustra a complexidade do cenário econômico atual.