O governo de Goiás decretou situação de emergência zoossanitária no estado como medida preventiva contra a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). A decisão, publicada pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), visa reforçar a vigilância e evitar a contaminação em granjas comerciais, já que o estado é o quarto maior produtor de aves do país, com um setor que emprega mais de 240 mil pessoas. A medida segue a prorrogação da emergência nacional pelo Ministério da Agricultura, após a confirmação do primeiro caso em uma granja no Rio Grande do Sul.
Apesar de não haver registros da doença em Goiás, o decreto, com validade de 180 dias, permite cooperação com iniciativas privadas para ampliar o controle sanitário. O presidente da Agrodefesa destacou a importância de proteger a produção avícola local, garantindo segurança alimentar e a manutenção dos mercados internacionais. A ação busca evitar impactos econômicos e sanitários, diante do cenário global de surtos da gripe aviária, que afeta vários países das Américas.
A gripe aviária H5N1, subtipo da IAAP, é uma doença infecciosa que pode atingir aves e mamíferos, incluindo humanos. Desde 2022, a Organização Mundial de Saúde Animal monitora a disseminação do vírus, que agora apresenta casos prolongados e persistentes. Enquanto isso, Goiás intensifica medidas preventivas, como testes em animais, para manter o status de área livre da doença e evitar prejuízos ao setor avícola.