Perdas gestacionais tardias, como as ocorridas nas 33ª e 40ª semanas de gravidez, podem estar relacionadas a condições específicas da gestação, como hipertensão e diabetes gestacional. Segundo especialistas, a hipertensão pode causar vasoconstrição, reduzindo o fluxo sanguíneo e o oxigênio para o feto, enquanto a diabetes pode levar ao deslocamento da placenta. Infecções urinárias e rompimento da bolsa também são fatores de risco, destacando a importância do acompanhamento médico contínuo.
No último trimestre, as complicações costumam estar mais associadas a problemas maternos do que fetais. O diabetes gestacional, por exemplo, pode surgir tardiamente e sem sintomas evidentes, exigindo exames específicos para diagnóstico. Já a hipertensão, comum a partir da 20ª semana, pode evoluir para pré-eclâmpsia, especialmente em pacientes com obesidade ou síndrome do ovário policístico. Casos de morte súbita sem causa aparente podem estar ligados a trombofilia, que afeta a circulação placentária.
Para prevenir complicações, os médicos recomendam monitorar a movimentação fetal, especialmente após as refeições, e realizar exames como ultrassonografias mensais e doppler a partir da 28ª semana. Atividades físicas leves e controle de peso são medidas preventivas, enquanto gestantes de alto risco devem redobrar os cuidados. A análise da placenta após uma perda tardia é essencial para identificar possíveis causas e orientar futuras gestações.