A presença de líderes de organizações criminosas na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, ampliou a escala da violência na região, segundo especialistas. O presídio, que abriga detentos de alta periculosidade desde 2009, recebeu nomes conhecidos do crime organizado, influenciando a dinâmica das facções locais. Marcos Freire, especialista em segurança pública, explica que a transferência desses presos para a região fortaleceu redes criminosas, com criminosos locais prestando apoio e expandindo a atuação desses grupos.
Entre os detentos que passaram pelo presídio estão figuras ligadas a facções como PCC e Comando Vermelho, cuja influência reverberou além dos muros da prisão. O especialista destaca que a presença desses líderes incentivou práticas criminosas e dificultou o controle das autoridades, como observado em conflitos entre facções em conjuntos habitacionais de Porto Velho. A estratégia de isolar criminosos em presídios federais, embora bem-intencionada, teve efeitos colaterais significativos na segurança pública.
Além disso, investigações recentes revelaram conexões entre detentos do presídio e o controle do tráfico de drogas em outras regiões do país, como no Rio de Janeiro. O caso de um criminoso que conheceu um líder faccionado durante a detenção em Rondônia e depois assumiu o comando do tráfico em uma comunidade carioca ilustra como essas redes se perpetuam. O texto também menciona a história de outros presos de alta periculosidade, condenados por crimes graves, mas evita detalhar nomes ou ações específicas para manter imparcialidade.