A água que chega às torneiras das residências brasileiras pode não ser tão segura quanto parece, segundo um especialista com 25 anos de experiência em recursos hídricos. Embora teoricamente potável após tratamento, a água percorre uma longa rede de encanamentos que podem estar contaminados por ferrugem, micro-organismos ou bactérias, como a salmonela. A filtragem é essencial para reduzir esses riscos, com opções variadas disponíveis no mercado, conforme orientações do Inmetro.
Além dos contaminantes visíveis, há a ameaça silenciosa dos disruptores endócrinos, resíduos de medicamentos como anticoncepcionais e antidepressivos que não são totalmente removidos no tratamento convencional. Essas substâncias podem afetar o sistema hormonal, especialmente em grupos sensíveis, como gestantes, e até entrar na cadeia alimentar através da contaminação de rios e peixes. O especialista ressalta que os efeitos a longo prazo ainda são desconhecidos, exigindo maior atenção.
Como alternativa segura, recomenda-se o consumo de água mineral ou filtrada, devidamente certificada por órgãos como a Agência Nacional de Águas (ANA). Águas de fontes naturais, mesmo aparentemente limpas, podem carregar contaminantes invisíveis. Para garantir qualidade, é importante observar ausência de cor, cheiro ou gosto, embora análises laboratoriais sejam ideais para verificação precisa. Preservar os recursos hídricos e investir em tratamentos eficazes são medidas cruciais para garantir água potável para todos.