A morte encefálica, também conhecida como morte cerebral, é a perda irreversível e completa das funções cerebrais, incluindo o controle sobre outros órgãos vitais. Quando ocorre, mesmo que alguns órgãos ainda funcionem temporariamente, o cérebro não consegue mais mantê-los ativos, levando à declaração de óbito. No Brasil, o diagnóstico segue critérios rigorosos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), exigindo exames específicos e avaliação por dois médicos em momentos distintos.
Entre as causas mais comuns estão paradas cardiorrespiratórias, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), tumores e traumas. A interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro impede o fornecimento de oxigênio e glicose aos neurônios, levando à morte celular e à perda das funções neurológicas. Embora aparelhos possam manter temporariamente a circulação e a respiração, a condição é irreversível.
A confirmação de morte encefálica é também um requisito legal para a doação de órgãos no Brasil, conforme a Lei dos Transplantes. Nesses casos, as funções vitais são mantidas artificialmente até a remoção dos órgãos. O protocolo brasileiro é considerado um dos mais criteriosos do mundo, garantindo segurança e precisão no diagnóstico.