Um empresário apresentou uma proposta para adquirir a fatia controladora da Braskem, atualmente detida pela Novonor (ex-Odebrecht), segundo apuração do Broadcast. A oferta foi comunicada aos bancos credores da Novonor, que têm ações da Braskem como garantia de empréstimos. Um fato relevante sobre a transação deve ser divulgado após o fechamento do mercado, e a Novonor optou por não comentar o assunto. A negociação ocorre em paralelo aos esforços de outros bancos de investimento, como Morgan Stanley e BTG Pactual, que também buscam vender a participação na petroquímica.
A Novonor pretende manter uma parcela minoritária na Braskem, conforme defendido em propostas anteriores, e as discussões devem incluir a Petrobras, sócia na empresa. Os bancos credores, que incluem instituições como Bradesco, Itaú e BNDES, vinham trabalhando em um plano alternativo para converter suas garantias em ações e criar um fundo de investimento. No entanto, esse plano foi abandonado, e as negociações agora focam em um possível acordo de governança com a Petrobras e na geração de resultados para quitar a dívida de mais de R$ 15 bilhões.
A venda da Braskem faz parte do processo de recuperação judicial da Novonor, que argumenta ser essencial manter uma participação na empresa para cumprir compromissos financeiros. O preço da transação, no entanto, permanece um ponto crítico, especialmente considerando que o valor de mercado da Braskem é de R$ 8,5 bilhões, abaixo do montante devido aos credores. A expectativa era que um memorando de entendimento entre os bancos e a Petrobras fosse fechado no primeiro semestre, com um acordo final até o fim do ano.