Uma empresa terceirizada afirmou à polícia que documentos foram adulterados para fraudar aposentados e pensionistas do INSS, permitindo que uma confederação continuasse a descontar mensalidades diretamente dos benefícios. Segundo o depoimento do empresário responsável pela empresa, a ação envolvia a coleta de assinaturas em formulários que, posteriormente, eram alterados para autorizar os descontos. O esquema teria operado em seis estados brasileiros, com a confederação utilizando os dados dos beneficiários para obter vantagens financeiras.
O empresário também relatou que o presidente da confederação mencionou ter influência sobre diretores do INSS, supostamente por meio de pagamentos irregulares, para acessar e manipular dados do sistema. Além disso, houve denúncias de ameaças contra o empresário após ele cobrar pagamentos pelos serviços prestados. As investigações, conduzidas pela Polícia Federal, fazem parte de um escândalo mais amplo envolvendo fraudes bilionárias no INSS.
O caso já resultou na demissão do presidente do INSS e no afastamento de outros servidores, com a justiça condenando a entidade envolvida em múltiplas ocasiões por descontos ilegais. As investigações continuam em andamento, buscando esclarecer o esquema e identificar todos os responsáveis. O escândalo tem gerado repercussão no Congresso, com debates sobre possíveis medidas para evitar novos casos semelhantes.