A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil emitiu um alerta de segurança recomendando que cidadãos americanos evitem regiões como Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá, no Distrito Federal, devido ao aumento do risco de sequestro e crimes violentos. O comunicado, divulgado em seu site oficial, também alertou sobre atividades de gangues e crimes organizados em áreas urbanas, sugerindo cautela em locais como favelas e transportes públicos. A representação diplomática destacou ainda casos de agressões com uso de sedativos em bebidas, principalmente contra estrangeiros.
A Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo) criticou o alerta, classificando-o como “alarmista” e baseado em uma imagem “distorcida e ultrapassada” do país. A agência ressaltou que o Brasil registrou em 2024 os menores índices de violência em 11 anos e recebeu 4,4 milhões de turistas internacionais nos primeiros quatro meses de 2025, um crescimento de 51% em relação ao ano anterior. O presidente da Embratur afirmou que a hospitalidade brasileira é reconhecida mundialmente e que o país acolhe todos os visitantes, independentemente de origem ou perfil.
O governador do Distrito Federal também se manifestou contra as recomendações, afirmando que não há registros recentes de sequestros nas regiões citadas. Ele destacou que a segurança na área melhorou significativamente nos últimos anos. A embaixada, por sua vez, não comentou a manutenção do alerta, reiterando que não discute publicamente questões de segurança. O impasse reflete divergências sobre a percepção de risco no país, enquanto autoridades brasileiras buscam preservar a imagem do turismo local.