Os elementos de terras raras, presentes em dispositivos como celulares, carros elétricos e sistemas de defesa, são fundamentais para a produção de tecnologias avançadas. Embora relativamente abundantes na natureza, o controle sobre sua extração e fornecimento global é altamente disputado, com a China dominando entre 60% e 90% da produção mundial. Recentes restrições chinesas à exportação desses minérios e as pressões dos Estados Unidos para limitar o acesso a equipamentos de fabricação de chips, como os da holandesa ASML, intensificaram a tensão geopolítica.
A disputa envolve não apenas recursos naturais, mas também o domínio tecnológico, com Taiwan e sua TSMC — maior fabricante de chips do mundo — no centro das preocupações. Qualquer instabilidade na região poderia disruptir a cadeia global de semicondutores, afetando setores essenciais como automotivo, eletrônico e aeroespacial. Enquanto isso, a China busca alternativas, como parcerias diretas com empresas estrangeiras, para contornar as sanções e manter sua influência.
O impacto dessa corrida por terras raras e chips vai além das relações entre potências, influenciando o cotidiano da população com possíveis aumentos de preços, atrasos em lançamentos tecnológicos e escassez de produtos. A disputa reflete uma batalha mais ampla por controle e inovação em um mundo cada vez mais dependente da tecnologia, com desdobramentos que moldarão o futuro da economia e da geopolítica global.