Os eleitores da cidade de Buenos Aires votam neste domingo (18.mai.2025) para renovar metade das 60 cadeiras da assembleia legislativa local. A eleição, que ocorre em um sistema proporcional e com voto obrigatório, ganhou relevância nacional devido à presença de candidatos ligados a forças políticas de alcance federal. Três principais nomes dominam a disputa: Leandro Santoro (kirchnerista), Manuel Adorni (aliado do presidente Javier Milei) e Silvia Lospennato (apoiada pelo chefe de governo local, Jorge Macri).
Uma pesquisa recente do jornal Clarín apontou um empate técnico entre Santoro e Adorni, ambos com 25% das intenções de voto, enquanto Lospennato aparece em terceiro, com 14%. As propostas dos candidatos refletem suas orientações políticas: Santoro defende investigação de contratos públicos e moradias acessíveis; Adorni replica a agenda liberal de Milei, com cortes de gastos e desregulamentação; e Lospennato foca em melhorias urbanas e projetos anticorrupção.
O pleito é visto como um teste para o PRO, partido que governa a cidade há quase duas décadas, e também para a força política do kirchnerismo e do governo Milei. Apesar do caráter local, o resultado pode influenciar o cenário nacional, especialmente com as eleições legislativas federais marcadas para outubro. A autonomia das províncias argentinas em definir seus calendários eleitorais explica a desconexão entre os eventos, mas a atenção midiática revela o peso simbólico da capital.