A coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD), liderada pelo primeiro-ministro, obteve 86 cadeiras nas eleições legislativas em Portugal, realizadas neste domingo (18.mai.2025). Embora seja a força mais votada, a AD não alcançou a maioria absoluta, o que pode levar a um governo minoritário ou a negociações com outros partidos. O segundo lugar ficou empatado entre o Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, e o Chega, de direita, ambos com 58 assentos. O resultado reflete um declínio para o PS, que perdeu 19 vagas, e um crescimento para o Chega, que ganhou 10.
A eleição confirmou a tendência de fragmentação política no país, com partidos de esquerda tradicional, como o Bloco de Esquerda e a CDU, perdendo representação, enquanto o Livre e a Iniciativa Liberal (IL) registraram avanços. O pleito também destacou temas como imigração e crise habitacional, que dominaram a campanha. A participação eleitoral foi de 64,38%, superior à registrada em 2024, contrariando expectativas de desinteresse após sucessivas eleições desde 2022.
O governo anterior caiu após uma crise política envolvendo acusações de conflito de interesses, que levaram à rejeição de uma moção de confiança. O novo parlamento, com 230 deputados, terá o desafio de formar uma maioria estável em um cenário polarizado. A imigração, tema central na campanha, influenciou o discurso até de partidos tradicionais, como PS e PSD, que adotaram posições mais duras. Enquanto isso, os imigrantes continuam a desempenhar um papel crucial na economia portuguesa, contribuindo recordes para a Segurança Social.