Durante participação no programa *Roda Viva* da TV Cultura, o editor e escritor Luiz Schwarcz, fundador da Companhia das Letras, argumentou que o formato livro resistirá ao avanço da inteligência artificial. Ele destacou a resiliência histórica do objeto literário, que sobreviveu a inovações como rádio, televisão e internet. Para Schwarcz, o apego emocional ao livro e a natureza humana da criação literária são fatores que preservarão seu lugar na cultura.
Schwarcz, que lançou recentemente o livro *O Primeiro Leitor – Ensaio de Memória*, reconheceu, no entanto, que a IA já influencia partes do processo editorial, como a elaboração de resumos, contracapas e textos de orelha. Apesar disso, ele mantém otimismo quanto à irreplacebilidade da literatura como expressão humana, afirmando que ferramentas automatizadas não substituirão a essência do fazer literário.
A discussão contou com a participação de entrevistadores como a jornalista Rosane Borges, que questionou os impactos da IA em traduções, edições e escrita. A bancada também incluiu nomes como Ana Lima Cecilio, José Godoy e Marcos Augusto Gonçalves, mediados por Vera Magalhães. O debate reforçou a coexistência entre tecnologia e tradição, sem perder de vista o valor cultural do livro físico.