A possível volta de Donald Trump à presidência dos EUA está redefinindo a ordem econômica global, segundo análise da Absolute Investimentos. As políticas em discussão, como tarifas agressivas e reshoring de cadeias produtivas, vão além de uma simples repetição do mandato anterior, representando uma ruptura com o modelo de integração global. O foco em segurança nacional e realinhamento geopolítico está reorganizando fluxos de comércio e investimentos, com impactos ambíguos: enquanto os EUA enfrentam desaceleração, economias emergentes como Brasil e México podem atrair capital devido à sua neutralidade e estabilidade institucional.
No cenário macroeconômico, as tarifas americanas são parcialmente compensadas por fatores deflacionários, como a queda nos preços das commodities, especialmente o petróleo. A China, por sua vez, deve aumentar gradualmente seu consumo interno, sustentando parte do crescimento global em um contexto de desaceleração dos EUA. Embora haja incertezas, os analistas destacam que não há um colapso iminente, mas sim uma reordenação profunda das cadeias de produção e alianças comerciais.
O relatório enfatiza que investidores precisam estar atentos às mudanças estruturais em curso, que criam tanto riscos quanto oportunidades. Países com estoque de capital baixo e capacidade de oferecer estabilidade podem se beneficiar da realocação de recursos. A conclusão é clara: o mundo vive um rearranjo tectônico na economia, exigindo adaptação estratégica para navegar essa nova era.