O dólar apresentou alta firme nesta segunda-feira, 5, fechando a R$ 5,6899, com valorização de 0,62%, mesmo em um cenário de fraqueza da moeda americana no exterior. As moedas latino-americanas, no entanto, enfrentaram pressão devido ao recuo do petróleo e à alta dos juros dos Treasuries, impulsionados por dados positivos da economia dos EUA. O real, que acumula desvalorização de 7,9% no ano, teve parte de seus ganhos recentes corrigidos, enquanto incertezas sobre a política monetária nos EUA e na América Latina influenciaram os mercados.
Economistas destacam que indicadores robustos nos EUA, como o PMI de serviços e o payroll, reduziram as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve, fortalecendo o dólar. A OPEP+ também contribuiu para o cenário ao confirmar aumento na produção de petróleo a partir de junho, pressionando as moedas da região. No Brasil, a expectativa é de que o Copom eleve a Selic em 0,50 ponto percentual nesta semana, o que poderia oferecer algum suporte ao câmbio, embora a volatilidade persista devido às incertezas inflacionárias.
Enquanto isso, a guerra comercial entre EUA, China e Canadá continua em evidência, com novas tarifas anunciadas pelo governo americano. O Fed deve manter suas taxas estáveis nesta semana, mas a possibilidade de um ciclo de cortes em junho ainda divide analistas. No Brasil, o foco permanece na decisão do Copom e nos rumos da política monetária, que podem definir o comportamento do dólar nos próximos meses.