O dólar operou em baixa nesta sexta-feira (2), atingindo R$ 5,6284 (-0,85%) no mercado à vista, pressionado pela expectativa de negociações entre China e Estados Unidos sobre tarifas comerciais. Segundo analistas, o possível diálogo entre as duas economias reduz a tensão na guerra comercial e pode atrair fluxos de investidores estrangeiros. Além disso, o fortalecimento do mercado de trabalho nos EUA, com a criação de 177 mil empregos em abril – acima das previsões –, sugere maior inflação e adia as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve, agora mais provável em julho.
O Ministério do Comércio chinês sinalizou disposição para negociar, mas destacou que os EUA precisam demonstrar sinceridade e rever medidas unilaterais. Enquanto isso, o índice DXY, que mede o dólar frente a seis moedas principais, acelerou sua queda, recuando 0,67%. No Brasil, com a agenda econômica local mais tranquila, o câmbio ficou atento aos movimentos externos.
Na quarta-feira (30), o dólar havia encerrado em alta de 0,82%, interrompendo oito sessões consecutivas de queda. O cenário atual reflete um alívio temporário nas tensões globais, mas mantém incertezas sobre o ritmo da política monetária americana e os desdobramentos das negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.