O dólar à vista voltou a perder força nesta segunda-feira, 19, negociando próximo a R$ 5,66 no final da manhã. A queda reflete a desvalorização da moeda americana no exterior, influenciada pelo rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s e pelas incertezas fiscais e comerciais no país. Apesar da trégua de 90 dias nas tarifas de importação para China e Reino Unido, o mercado cambial segue pressionado, conforme observado por operadores.
O fluxo estrangeiro para a bolsa e a renda fixa, além de possíveis vendas de exportadores no mercado à vista, contribuíram para aliviar a pressão sobre a taxa de câmbio. A ausência de novidades nas declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sugere que a Selic pode ser mantida em junho e permanecer elevada por um longo período, reforçando a atratividade do carry trade com o real.
A alta temporária do dólar mais cedo foi atribuída à queda nos preços das commodities e ao desconforto fiscal persistente. O cenário global, combinado com as condições locais, mantém o mercado atento aos movimentos da moeda americana e aos impactos nas finanças brasileiras.