O dólar apresentou queda moderada nesta segunda-feira, alinhado ao comportamento da moeda norte-americana no exterior. O rebaixamento do rating dos Estados Unidos pela Moody’s, reflexo do crescente endividamento da economia americana, reduziu o apetite por ativos do país e beneficiou divisas emergentes, como o real. Embora a moeda brasileira tenha tido desempenho inferior ao de pares latino-americanos, declarações do presidente do Banco Central reforçando a manutenção de juros altos ajudaram a ancorar a taxa de câmbio.
A sessão foi marcada por liquidez moderada, típica de início de semana, com o dólar fechando em queda de 0,25%, a R$ 5,6552. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de divisas, recuou cerca de 0,70%, refletindo menor atratividade do dólar após o rebaixamento e incertezas sobre a economia dos EUA. Operadores destacaram que o real se beneficiou do cenário, embora preocupações fiscais locais tenham ficado em segundo plano.
Economistas destacam que o rebaixamento pela Moody’s, a última das três grandes agências a fazê-lo, trouxe impactos limitados, já que as fragilidades dos EUA são conhecidas. No entanto, o momento amplia debates sobre o papel do dólar como moeda de reserva. Enquanto isso, o diretor de Política Monetária do BC afirmou que o câmbio flutuante do Brasil não tem um nível pré-definido para intervenções, reforçando a autonomia do mercado.