O dólar encerrou em queda de 0,16% ante o real nesta sexta-feira, 16, após se valorizar fortemente no dia anterior. O movimento foi atribuído a ajustes técnicos, desmonte de posições defensivas no mercado futuro e possível entrada de fluxo estrangeiro, além do alívio proporcionado pela alta de mais de 1% nos contratos futuros de petróleo. Apesar da recuperação, o minério de ferro manteve-se em baixa, e o real diluiu sua valorização mensal para 0,13%, com o risco fiscal doméstico ainda no radar dos investidores.
A moeda brasileira teve seu pior desempenho entre as divisas mais líquidas na véspera, pressionada por rumores sobre medidas fiscais do governo, posteriormente negadas pelo ministro da Fazenda. Nesta sexta, o dólar chegou a operar próximo da estabilidade após atingir máxima intradia de R$ 5,71, mas renovou mínimas no fim do pregão. Economistas atribuíram a melhora do câmbio a uma correção após a queda anterior e ao cenário mais favorável do petróleo, que recuperou parte das perdas recentes.
Apesar da leve recuperação, o mercado segue atento ao retorno das preocupações fiscais, com foco no relatório bimestral de receitas e despesas a ser divulgado na próxima quinta-feira. Participantes destacam que o cenário ainda exige cautela, já que o alívio comercial entre EUA e China não foi suficiente para dissipar totalmente os riscos ligados ao excesso de oferta global de commodities e às incertezas locais.