A força do dólar pode ter atingido seu pico, segundo análise da Legacy Capital, que aponta um cenário de desconfiança crescente em relação aos Estados Unidos. Fatores como a desaceleração cíclica da economia americana, políticas protecionistas e questionamentos sobre a estabilidade institucional do país estão levando investidores e bancos centrais a reduzirem sua exposição à moeda. Esse movimento pode beneficiar outras divisas, como o euro e o ouro, em um processo de reequilíbrio global.
O ambiente geopolítico também contribui para a incerteza, com tensões entre EUA e China, além de conflitos regionais, como os entre Índia e Paquistão. Essas disputas podem fragmentar a economia mundial em blocos antagônicos, pressionando ainda mais o dólar. A Legacy Capital destaca três principais riscos: a escalada tarifária entre as duas maiores economias, a desaceleração global e a erosão da confiança no modelo institucional americano.
Diante desse cenário, os mercados já começam a se reposicionar. Em momentos de calmaria, moedas cíclicas, como o real e o peso mexicano, tendem a se valorizar frente ao dólar. Já em períodos de volatilidade, ativos como ouro, iene e franco suíço ganham destaque. A tendência de enfraquecimento da moeda americana parece consolidada, a menos que haja uma retomada do excepcionalismo econômico dos EUA — algo visto como improvável no curto prazo.