O dólar iniciou a semana em alta, cotado a R$ 5,6832, após a divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) pelo Banco Central, que mostrou crescimento de 1,3% no primeiro trimestre, superando expectativas. O resultado reforçou sinais de aceleração da economia brasileira, contrastando com a expansão de apenas 0,5% no último trimestre de 2024. Além disso, o mercado reagiu ao rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela agência Moodys, que citou preocupações com o aumento da dívida americana e a falta de consenso político para reduzir déficits fiscais.
O Ibovespa, que fechou em leve queda na sexta-feira (139.187 pontos), acumula ganhos mensais e anuais, refletindo otimismo parcial dos investidores. No entanto, o rebaixamento dos EUA renovou temores sobre a estabilidade fiscal global, pressionando o dólar frente a outras moedas. Analistas destacam a fragilidade da moeda americana em um momento delicado, com debates no Congresso sobre cortes de impostos que podem ampliar o endividamento em até US$ 5 trilhões na próxima década.
Outro foco de atenção são as tensões comerciais, após declarações do Tesouro dos EUA sobre tarifas a parceiros que não negociarem “de boa fé”. A China pediu “medidas responsáveis” para evitar desestabilização, enquanto notícias de avanços nas negociações com a União Europeia trouxeram alívio. O cenário segue incerto, com o mercado monitorando impactos inflacionários e riscos de desaceleração econômica global.