O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) moveu uma ação contra três grandes seguradoras de saúde e três corretoras de seguros, alegando pagamento de propinas ilegais para direcionar beneficiários do Medicare Advantage a planos específicos. Segundo o DoJ, as corretoras teriam recebido milhões de dólares entre 2016 e 2021 para indicar planos das seguradoras envolvidas, sem considerar as necessidades reais dos beneficiários. O anúncio impactou o mercado, com quedas significativas nas ações das empresas citadas.
O DoJ também afirmou que algumas seguradoras conspiraram com as corretoras para discriminar beneficiários com deficiência, considerados menos lucrativos. De acordo com a denúncia, essas empresas pressionaram os corretores a evitar a inscrição desses indivíduos em seus planos, chegando a ameaçar reter pagamentos. A procuradora federal Leah B. Foley classificou as alegações como “repulsivas”, destacando a gravidade de direcionar beneficiários vulneráveis a planos inadequados.
O caso expõe preocupações sobre a integridade do sistema de Medicare Advantage, que permite a participação de seguradoras privadas. As acusações sugerem que, em vez de agir como consultores imparciais, as corretoras priorizaram interesses financeiros, prejudicando os beneficiários. O DoJ reforçou seu compromisso em combater fraudes que afetam programas públicos de saúde, mas as empresas envolvidas ainda terão a oportunidade de se defender judicialmente.