A Polícia Federal encontrou planilhas manuscritas que detalham a movimentação financeira de uma das maiores organizações criminosas do país em fevereiro de 2024. Os registros mostram um total de R$ 13,8 milhões, sendo R$ 6 milhões em dinheiro guardado e R$ 7,8 milhões em “mercadorias”, termo usado para se referir a drogas. Entre os gastos documentados estão valores destinados a advogados, compra de maconha e até itens menores, como uma cafeteira.
O documento também revela transferências de mais de R$ 30 mil para casas de apoio em presídios federais de diferentes estados, além de receitas obtidas com a venda de drogas e contribuições de comunidades dominadas pelo grupo. As informações foram obtidas por meio da interceptação de mensagens trocadas entre integrantes da organização, que coordenam atividades mesmo de dentro do sistema prisional.
Durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, a organização determinou uma trégua de sete dias em roubos e confrontos, segundo as mensagens interceptadas. A decisão teria sido motivada por um pedido de um representante das autoridades, cuja identidade não foi confirmada. A Polícia Federal não se manifestou sobre o caso, que continua sob investigação.