George Simion, candidato nacionalista de extrema-direita, e Nicusor Dan, representante do centro e atual prefeito de Bucareste, avançaram para o segundo turno das eleições presidenciais na Romênia, marcado para 18 de maio. Com 99,85% dos votos apurados, Simion obteve 40,86%, enquanto Dan ficou com 20,97%. O presidente do país tem um papel semiexecutivo, incluindo o comando das forças armadas e a presidência do conselho de segurança, que decide sobre ajuda militar.
A eleição, inicialmente prevista para dezembro, foi adiada devido a alegações de ataques híbridos russos durante o período eleitoral. O candidato original da extrema-direita, que liderou a primeira votação, foi barrado por questões legais, levando Simion a assumir sua posição. Ele prometeu, caso eleito, buscar formas de colocar seu antecessor no poder, seja por referendo, eleições antecipadas ou formação de uma coalizão parlamentar.
O resultado da disputa é visto como um termômetro para o avanço do nacionalismo na União Europeia, em um contexto geopolítico delicado. A Romênia é uma rota estratégica para o envio de armas à Ucrânia e abriga bases da OTAN, além de ser crucial para a exportação de grãos ucranianos. Analistas alertam que uma vitória de Simion pode isolar o país, afetar investimentos e desestabilizar o flanco oriental da aliança militar.