Uma advogada foi procurada por uma mãe que buscava a guarda de uma boneca reborn após o fim de um relacionamento. A cliente alegou que a boneca, que teve custos elevados e até um enxoval, era parte de sua família, e o ex-companheiro queria dividir a convivência com ela. A advogada recusou o caso, explicando que não há regulamentação legal para guarda de bonecas, mas ofereceu ajuda na disputa pelo perfil da bebê em uma rede social, que já gerava renda.
A psicóloga entrevistada destacou que bonecas reborn podem servir como ferramenta simbólica para lidar com perdas, mas também há risco de fixação, quando o objeto substitui permanentemente uma realidade inatingível. O caso ilustra como essas bonecas hiper-realistas, usadas por colecionadores ou enlutados, podem desencadear conflitos emocionais e até jurídicos.
O texto ainda menciona um projeto de lei no Rio de Janeiro que institui o Dia da Cegonha Reborn, homenageando artesãs que criam as bonecas. A proposta reconhece seu papel terapêutico para quem perdeu filhos ou deseja vivenciar a maternidade e paternidade simbolicamente. A discussão revela a complexidade de situações onde o afeto e a realidade se confundem.