A eleição para a presidência da CBF, marcada para 26 de maio de 2025, evidenciou uma divisão entre os clubes da Série A e as federações estaduais. Enquanto o ministro do STF Gilmar Mendes articula apoio à candidatura de Samir Xaud, presidente da Federação de Roraima, 32 clubes das Séries A e B manifestaram apoio a Reinaldo Carneiro Bastos, da Federação Paulista. A disputa surgiu após a saída de Ednaldo Rodrigues por decisão judicial, com o interventor Fernando Sarney responsável por organizar o pleito.
Xaud conta com o apoio de 19 federações estaduais e do interventor, mas enfrenta resistência dos principais clubes, que criticam a falta de diálogo durante as articulações. O estatuto da CBF exige o aval de pelo menos 8 federações e 5 clubes para a formação de chapas, com votos ponderados por categoria. A eleição ocorrerá no Rio de Janeiro, mas há um pedido de adiamento para o dia 26 de maio, mesma data da apresentação do novo técnico da Seleção Brasileira.
A divisão entre os clubes reflete também as diferenças entre os blocos Libra e Liga Forte União, que representam interesses distintos na negociação de direitos de transmissão. Enquanto a Libra defende critérios baseados em audiência e desempenho, a LFU busca uma distribuição mais equilibrada de receitas. O desfecho da eleição poderá influenciar não apenas o comando da CBF, mas também o futuro da organização do futebol brasileiro.