A coleta de lixo em Ananindeua virou alvo de uma ação judicial após denúncias de irregularidades em contratos e licitações. Um advogado ingressou com um mandado de segurança para exigir que a Prefeitura libere documentos relacionados a um contrato de R$ 180 milhões com uma empresa suspeita de operar sem licitação. A empresa em questão teria conexões com o prefeito, e caminhões não identificados foram flagrados realizando o serviço antes mesmo da conclusão do processo licitatório, que foi revogado três vezes devido a indícios de irregularidades.
O advogado alega que a Prefeitura descumpriu a Lei de Acesso à Informação ao não fornecer os documentos solicitados, mesmo após o prazo legal de 20 dias. Ele pediu uma decisão urgente da Justiça para que os registros sejam divulgados em 48 horas, sob multa diária de R$ 5 mil. Além disso, o caso já foi encaminhado ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Polícia Civil, com suspeitas de improbidade administrativa e crimes previstos no Código Penal.
A falta de transparência no processo licitatório e a possível operação ilegal da empresa levantaram preocupações sobre prejuízos aos cofres públicos e à fiscalização. O Ministério Público de Ananindeua abriu um procedimento para investigar o caso, que pode envolver crimes com penas somadas de até 19 anos de prisão. Enquanto isso, a população aguarda respostas sobre um serviço essencial, que impacta diretamente a limpeza urbana da cidade.