O River Plate, um dos clubes mais tradicionais da Argentina, oficializou recentemente um contrato de patrocínio máster com a Betano, no valor de US$ 6 milhões anuais (cerca de R$ 36 milhões). Apesar de representar um aumento de 80% em relação ao acordo anterior, o valor é significativamente inferior ao que a maioria dos times da Série A do Brasileirão recebe. Clubes como Boca Juniors e Racing também têm patrocínios modestos, girando em torno de R$ 40 milhões e R$ 12 milhões por ano, respectivamente.
Enquanto isso, no Brasil, os valores são exponencialmente maiores. Flamengo, Corinthians e Palmeiras lideram com contratos que variam entre R$ 100 milhões e R$ 115 milhões anuais, superando sozinhos a soma dos patrocínios de todos os grandes clubes argentinos. Especialistas atribuem essa diferença a fatores como o mercado mais robusto no Brasil, a regulamentação das apostas e a maior renda disponível da população.
A disparidade reflete-se também no cenário esportivo: os últimos seis títulos da Libertadores foram conquistados por times brasileiros, com quatro finais disputadas entre clubes do país. A distância econômica entre os mercados de patrocínio ajuda a explicar a predominância verde e amarela no cenário continental, enquanto argentinos como River e Boca ficam em patamares próximos a clubes brasileiros de menor expressão financeira, como Fortaleza e Bahia.