A Walt Disney Co. afastou 45 funcionários venezuelanos na Flórida e alertou que eles podem perder seus empregos no próximo mês. A medida segue uma decisão da Suprema Corte dos EUA que permite ao governo revogar o Status de Proteção Temporária (TPS) para 350 mil venezuelanos no país. Os colaboradores foram colocados em licença de 30 dias e, caso não apresentem nova autorização de trabalho no prazo, serão demitidos. A empresa afirmou que a ação é necessária para cumprir a decisão judicial, mas manterá os benefícios durante o período de afastamento.
O TPS, criado em 1990 para proteger imigrantes de países em crise, foi estendido à Venezuela em 2021 devido ao colapso político e econômico. A decisão da Suprema Corte, tomada em 19 de maio, deixa milhares de venezuelanos vulneráveis à deportação. O caso, no entanto, ainda não está encerrado: um juiz federal na Califórnia realizará uma audiência na próxima semana para analisar um processo que contesta o fim da proteção.
Autoridades e especialistas alertam para os impactos da medida, especialmente na Flórida, onde 60% das 360 mil pessoas com TPS são venezuelanas. A falta de mão de obra já é um problema na região, e a decisão da Disney, vista como referência por outras empresas, pode agravar a situação. O debate sobre o futuro desses imigrantes continua, com possíveis desdobramentos jurídicos e sociais.