O diretor de Política Monetária do Banco Central reafirmou que o regime cambial do Brasil é flutuante, sem intervenções diretas para definir um nível específico da moeda. Durante uma live, ele destacou que o câmbio “vai para onde tiver que ir” e negou que o BC tenha preferência por comprar ou vender dólares. Além disso, explicou que os swaps cambiais são apenas ferramentas operacionais, sem compromisso de aumentar ou reduzir seu estoque, sendo utilizados conforme a necessidade.
Sobre o bloco Brics, o diretor avaliou que os países membros não possuem ativos suficientes para criar uma moeda comum que possa rivalizar com o dólar no curto ou médio prazo. Segundo ele, essa realidade não deve mudar nos próximos dez anos, mantendo o dólar como moeda de referência global. No entanto, admitiu que negociações bilaterais entre nações podem se tornar mais frequentes, reduzindo a dependência exclusiva da divisa americana.
As declarações reforçam a postura do BC em manter uma política cambial flexível, alinhada com as práticas de mercado, enquanto descarta movimentos abruptos ou a adoção de mecanismos que limitem a flutuação da taxa de câmbio. A análise sobre os Brics também sinaliza cautela em relação a iniciativas de integração monetária, destacando a ainda predominância do dólar no cenário internacional.