O presidente dos EUA anunciou que conversará com os líderes da Ucrânia e da Rússia na segunda-feira (19) para mediar um cessar-fogo, após um primeiro encontro entre delegações dos dois países em Istambul, na sexta-feira (16). A reunião, que não contou com a presença dos presidentes das nações em conflito, terminou sem um acordo de paz, mas com a promessa de continuar o diálogo e uma troca histórica de 1.000 prisioneiros de cada lado. Enquanto a Ucrânia pressiona por um cessar-fogo imediato, a Rússia afirmou estar satisfeita com os avanços e destacou a necessidade de novas negociações.
O encontro em Istambul, mediado pela Turquia e com participação indireta dos EUA, foi marcado pela ausência de figuras decisórias, o que levantou críticas sobre a efetividade das discussões. O líder ucraniano questionou a capacidade da delegação russa de tomar decisões, enquanto Moscou defendeu que suas propostas — incluindo a renúncia da Ucrânia à Otan e o abandono de territórios ocupados — são essenciais para a paz. A comunidade internacional, incluindo a UE, pressiona por um fim imediato dos combates, mas a Rússia resiste, argumentando que uma trégua beneficiaria o rearmamento ucraniano.
Enquanto as negociações seguem, os combates continuam no leste da Ucrânia, com relatos de avanços russos em Donetsk. A esperança agora está nas conversas telefônicas marcadas pelo presidente dos EUA, que busca um “ponto comum” para encerrar o conflito, que já dura mais de três anos e causa milhares de baixas semanais. O cenário permanece incerto, mas a disposição para o diálogo, ainda que limitado, oferece um frágil sinal de progresso.