As feriados nos Estados Unidos e no Reino Unido reduziram a liquidez global, as taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) no Brasil oscilaram dentro de margens estreitas nesta segunda-feira, fechando próximas da estabilidade. Sem a referência dos Treasuries, os investidores focaram no noticiário local, especialmente nas discussões sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), após o governo recuar em parte dos aumentos de alíquotas na semana passada. Os contratos de curto prazo, como o DI para janeiro de 2026, encerraram o dia em 14,72%, enquanto os de longo prazo, como o de 2031, ficaram em 13,81%.
O mercado também reagiu às projeções do relatório Focus, que manteve a expectativa de inflação em 5,50% para 2025 e 4,50% para 2026, acima da meta do Banco Central. Além disso, o ministro da Fazenda afirmou que o governo decidirá até o fim da semana como compensar a queda na arrecadação causada pelas mudanças no IOF, mencionando a possibilidade de contingenciamento ou substituição de receitas. Enquanto isso, a curva de juros precificava uma alta probabilidade (92%) de manutenção da Selic em junho, atualmente em 14,75% ao ano.
No exterior, a atenção se voltou para a decisão do presidente dos EUA de adiar a imposição de tarifas sobre importações da União Europeia, estendendo o prazo para negociações até 9 de julho. O movimento contrastou com a ameaça anterior de impor tarifas de 50% a partir de junho, refletindo a volatilidade nas relações comerciais globais. O cenário internacional, somado à baixa liquidez, contribuiu para a cautela dos investidores no Brasil.