A desocupação da Favela do Moinho, no centro de São Paulo, completa 30 dias com avanços e obstáculos. Das aproximadamente 850 famílias que viviam no local, 216 já deixaram a comunidade, mas apenas cinco foram realocadas em novas moradias subsidiadas pelos governos estadual e federal. As demais recebem auxílio-aluguel de R$ 1.200, enquanto cerca de 600 famílias ainda aguardam encaminhamento para conseguir casa própria pela CDHU.
O governo estadual busca a posse do terreno, pertencente à União, para demolir a favela e revitalizar a área, com planos de construir um parque e transferir sua sede para o centro. No entanto, comerciantes locais reclamam do impacto econômico causado pela saída das famílias, e a prefeitura promete auxílios de até R$ 60 mil para negócios afetados. Enquanto isso, especialistas criticam a falta de diálogo durante as remoções.
Apesar das incertezas, autoridades afirmam que a próxima fase da desocupação será mais tranquila, destacando a parceria entre os governos federal e estadual para oferecer moradias sem endividamento a famílias de baixa renda. O acordo, ainda não formalizado, deve ser finalizado nas próximas semanas, trazendo esperança para os moradores que aguardam um recomeço longe da favela.