Um requerimento foi apresentado na Câmara dos Deputados solicitando explicações sobre supostas fraudes documentais envolvendo a venda de petróleo venezuelano à China. O documento pede que o Ministério das Relações Exteriores detalhe as ações adotadas para evitar que o Brasil seja usado como rota para contornar sanções internacionais contra a Venezuela. O autor do pedido afirmou que a prática compromete a soberania e a reputação do país, criticando a falta de posicionamento do governo.
Segundo uma reportagem da Reuters, exportadores venezuelanos estariam reclassificando petróleo cru como “mistura de betume brasileiro” para escapar de restrições comerciais e acelerar vendas à China. A discrepância foi identificada a partir de dados de refinarias chinesas, que registraram importações do produto, embora a Petrobras não o exporte desde 2023. Estima-se que o esquema tenha movimentado US$ 1,2 bilhão entre julho de 2024 e março de 2025.
O Itamaraty não se manifestou sobre o caso quando questionado pela imprensa. A prática, conhecida como “spoofing”, envolve a falsificação de documentos para burlar sanções, levantando preocupações sobre o cumprimento das normas internacionais pelo Brasil. O requerimento destaca a necessidade de transparência e medidas para coibir tais irregularidades.