Um deputado federal licenciado utilizou redes sociais para criticar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de abrir um inquérito para investigar sua atuação nos Estados Unidos. Ele afirmou que a medida é injusta e desesperada, reiterando que sua conduta não mudou desde que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a apreensão de seu passaporte em março. O parlamentar defendeu que permanecer no exterior é necessário para “desempenhar a defesa das liberdades dos brasileiros”, alegando que o Brasil vive um “Estado de exceção”.
A PGR, no entanto, solicitou a investigação ao STF sob a alegação de que o deputado estaria envolvido em uma campanha de intimidação contra membros do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal. O pedido cita possíveis crimes, como coação no curso do processo e embaraço à investigação de organizações criminosas. O procurador-geral mencionou declarações de autoridades estrangeiras como parte do contexto que justificaria a abertura do inquérito.
O caso reacende debates sobre a independência das instituições e a polarização política no país. Enquanto o deputado insiste em afirmar que é vítima de perseguição, a PGR argumenta que suas ações têm motivação retaliatória e podem comprometer investigações em andamento. O STF ainda não se pronunciou sobre os próximos passos do inquérito.