Uma parlamentar foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão, após ser acusada de colaborar com a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em resposta, a deputada afirmou que não sobreviveria no sistema prisional e declarou-se inocente, alegando perseguição política sem provas concretas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou que indivíduos ligados a ela teriam transferido valores suspeitos a um hacker envolvido no caso.
As investigações da Polícia Federal revelaram que o hacker acessou ilegalmente o sistema do CNJ e inseriu um mandado de prisão falso contra um ministro do STF. Além disso, a deputada já havia sido condenada anteriormente a cinco anos e três meses de prisão por outros crimes, incluindo porte ilegal de arma. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo também cassou seu mandato por desinformação eleitoral, mas a decisão só valerá após esgotados os recursos.
A defesa da parlamentar negou qualquer envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso e criticou o hacker por mudar sua versão dos fatos. O STF manteve a decisão de condenação, reforçando as suspeitas sobre o esquema. O caso segue em andamento, com possibilidade de novos recursos antes da execução da pena.