Cavaleiros do Clube Hípico de Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, denunciaram casos de maus-tratos a cavalos ocorridos em abril e maio deste ano. Segundo as acusações, a diretoria do clube e a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) foram informadas, mas não tomaram medidas imediatas. Fundado em 1935, o clube é um dos mais tradicionais do país, com mensalidades que podem ultrapassar R$ 7 mil quando incluem custos como cocheiras e treinadores.
Entre os incidentes relatados, um cavalo apareceu com lesões e um pedaço de chicote preso ao corpo após um treinamento, enquanto outro foi desclassificado de uma competição devido a ferimentos causados por tachinhas. Sócios do clube afirmam que a administração teria conhecimento das agressões, mas não agiu de forma transparente. A CBH afirmou que os casos estão sob análise do Conselho de Ética, mas críticos questionam a demora nas investigações.
O clube divulgou nota afirmando que puniu o associado envolvido e encaminhou o caso à CBH, reforçando seu compromisso com o bem-estar animal. Enquanto isso, o deputado Carlos Giannazi (PSOL) solicitou ao Ministério Público que investigue as denúncias. O caso reacende o debate sobre maus-tratos no hipismo, esporte que já viu escândalos semelhantes em nível internacional, incluindo suspensões de atletas renomados.