As demolições na Favela do Moinho, em São Paulo, começaram na segunda-feira (12) e provocaram protestos de moradores contrários às desocupações. Os manifestantes paralisaram a Linha 8-Diamante da CPTM pelo segundo dia consecutivo, enquanto a Polícia Militar foi enviada ao local para garantir a segurança durante as operações. O governo federal anunciou a suspensão do processo de cessão da área, criticando o uso de força policial e a falta de negociação transparente com a comunidade.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos afirmou que a descaracterização das moradias deveria ser feita de forma cuidadosa, evitando danos às casas vizinhas e minimizando impactos na comunidade. A Secretaria do Patrimônio da União notificou o governo estadual, alegando que a cessão da área estava condicionada a um processo negociado. Enquanto isso, a CDHU informou que 168 famílias já deixaram a favela e que as demolições visam transformar o local em um parque.
Apesar da autorização federal para as demolições, o conflito persiste, com moradores e autoridades em lados opostos. A PM justificou sua presença como necessária para proteger funcionários envolvidos nas obras, enquanto protestos continuam a interromper serviços públicos. O impasse reflete tensões entre políticas de urbanização e os direitos das comunidades afetadas.